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    Gavião-de-pescoço-branco

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    Gavião genuinamente brasileiro, exclusivo das florestas nordestinas. Pode ser encontrado na maioria das áreas florestais preservadas da Mata Atlântica do nordeste, inclusive em áreas verdes inseridas na matriz urbana. Gosta de planar sobre a floresta nas horas mais quentes do dia, solitário ou aos pares. Também chamado de gavião-gato-do-nordeste.
    • Descrição: Possui 50 cm de comprimento; apresenta as coberteiras inferiores das asas brancas, píleo cinza, lados do pescoço brancos, ápice das escapulares, manto e rêmiges esbranquiçados e a cauda com uma larga faixa branca, embora alguns indivíduos apresentam duas faixas pretas na cauda. Alguns indivíduos apresentam um pouco de cinza na porção superior da cabeça, nesse caso difenciando-se do L. cayanensispela presença do colar nucal branco e coberteiras brancas. O colar não é observado nos adultos de L. cayanensis, porém alguns jovens podem apresentá-lo (Pereira et al. 2006; B. Whitney com. pess. 2006).
    • Taxonomia: No final do século XVII, o ornitólogo londrino William Forbes coletou um exemplar da ave no nordeste brasileiro e a classificou como uma variante do Leptodon cayanensis. Ficou assim classificada por muito tempo até que outro ornitólogo inglês, Harry Swann (1922) o descreveu como uma forma independente, e batizou de Leptodon forbesi em homenagem ao William Forbes. Alguns autores consideram a possibilidade de que L. forbesi seja apenas uma variação do L. cayanensis (e.g. Sibley e Monroe 1990, Sick 1997, Mallet-Rodrigues 2005), haja visto que o imaturo desta espécie apresenta um bom número de variações (Brown & Amadon 1968, Foster 1971, Thiollay 1994, Ferguson-Lees & Christie 2001). Pesquisas recentes afirmam ser um táxon independente (Dénes & Silveira, 2009; AOU 2010; CBRO 2013). Dénes & Silveira (2009), analisaram 128 espécimes do gênero Leptodon provenientes de várias partes da América. Com base em diversas evidências morfológicas e morfométricas, os autores confirmaram que o L. forbesi é um táxon válido.
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    • Alimentação: Alimenta-se principalmente de lagartos, lagartixas, aves, insetos e pequenos mamíferos. Na Paraíba, Frederico A. Sonntag (obs. pess.) registrou alguns comportamentos de caça da espécie. Segundo o autor, normalmente o L. forbesi tem atividades de caça no início da manhã, gosta de sobrevoar a floresta a procura de lagartos expostos ao sol, como jovens iguanas (Iguana iguana).
    • Reprodução: Informações desconhecidas.

    • Distribuição:
     É endêmico da Mata Atlântica da região nordeste, encontrado apenas nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. É conhecido originalmente pelo único espécime-tipo, coletado em 1880 e depositado na coleção do British Museum of Natural History, Tring (BMNH), procedente de Pernambuco. Posteriormente, um macho e uma fêmea adultos e uma fêmea subadulta foram coletados em Alagoas e depositados no Museu Nacional do Rio de Janeiro (Teixeira et al. 1987; Ferguson-Lees & Christie 2001).
    • Hábitos/Informações Gerais: Habita áreas florestadas na região nordeste do Brasil. Vive no alto das árvores, de onde observa seu território e localiza suas presas. Frederico A. Sonntag (Obs. pess.) relata que este gavião tem preferência por florestas onde haja rio, mas pode ser encontrado em áreas em regeneração e capoeirões maduros, como é o caso da Fazenda Cidade Viva, uma área de aproximadamente 30-50 hectares, onde o autor registrou dois casais.
    Pereira et al. (2006) registraram uma série de comportamentos de voo da espécie, muito parecidos com os do L. cayanensis (Thorstrom 1997, Cabanne, 2005).
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    • Conservação e registros recentes: A espécie encontra-se ameaçada de extinção (categoria EN), com um declínio populacional ocasionado a perda de habitat (ICMBio 2014). A floresta original em sua área de distribuição nas últimas décadas foi reduzida a apenas 1%, os maiores fragmentos que restaram estão em Pernambuco, com área de 45 km², e Alagoas de 30 km², sugerindo que a espécie está em uma situação precária (BirdLife, 2009). Segundo ICMBio (2014b) não há mais de 2.500 indivíduos na natureza, acredita-se que entre 95 e 100% dos indivíduos estão em uma única subpopulação. A perda de habitat leva a declínio populacional continuado.


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